Staking pools: como funcionam e quais os riscos em 2025

9/2/20253 min read

Introdução

O staking se tornou uma das principais formas de participar das redes de criptomoedas e ainda obter recompensas. Mas, para investidores iniciantes, montar um nó próprio pode ser caro e complexo. É aqui que entram os staking pools, que permitem delegar tokens a operadores especializados em troca de uma parte dos rendimentos.

Neste artigo, explicaremos de forma clara o que são os staking pools, como funcionam, seus prós e contras, riscos no Brasil e pontos a considerar antes de participar.

  • Staking pools permitem que investidores deleguem criptomoedas para validadores e recebam recompensas proporcionais.

  • São úteis para quem não tem recursos ou conhecimento técnico para rodar um nó próprio.

  • Principais riscos: centralização, slashing (penalidades), taxas cobradas e dependência de terceiros.

  • Alternativa intermediária entre staking direto e soluções DeFi mais arriscadas.

  • No Brasil, os rendimentos podem estar sujeitos a tributação de IR.

O que são staking pools?

Um staking pool é um grupo de investidores que juntam suas criptomoedas em uma carteira comum administrada por um operador (validador). Esse operador é responsável por manter o nó ativo, validar blocos e garantir a segurança da rede.

Em troca, os participantes recebem recompensas proporcionais à sua contribuição em tokens.

Exemplo prático:

  • Maria delega 10 ETH em um pool.

  • O validador acumula 100 ETH no total do pool.

  • Se o pool recebe 1 ETH em recompensas por validar blocos, Maria recebe 0,1 ETH (descontadas as taxas do operador).

Como funcionam os staking pools?

O processo é simples:

  1. Delegação de tokens: o investidor envia seus tokens para o pool (ou delega via smart contract).

  2. Validação de blocos: o operador do pool usa os fundos delegados para participar da rede.

  3. Recompensas: o protocolo distribui os ganhos entre os validadores.

  4. Redistribuição: o pool paga os investidores proporcionalmente, descontando taxas de administração.

Tipos de staking pools

  • Custodiados: a corretora ou serviço centralizado controla os fundos (ex.: Binance Earn, Coinbase Staking).

  • Não-custodiados: você mantém o controle dos tokens, delegando via smart contract (ex.: Lido, Rocket Pool).

Prós e Contras dos staking pools

Prós:

  • Acessibilidade: permite participar com pouco capital.

  • Facilidade: sem necessidade de configurar um nó.

  • Liquidez parcial: alguns pools oferecem tokens líquidos (ex.: stETH).

Contras:

  • Centralização: grandes pools podem concentrar poder na rede.

  • Risco de slashing: penalizações caso o operador falhe.

  • Taxas: parte dos rendimentos fica com o operador.

  • Dependência de terceiros: risco de falhas de smart contracts ou custódia.

Riscos principais

  • Slashing: punição aplicada a validadores que cometem falhas ou más práticas. Pode reduzir o capital do investidor.

  • Custódia centralizada: corretoras podem travar saques ou serem hackeadas.

  • Smart contracts: pools descentralizados podem ter vulnerabilidades.

  • Concentração de poder: se poucos pools dominarem o mercado, a rede perde descentralização.

Taxas e tributação no Brasil

  • Taxas dos pools: variam de 5% a 15% sobre as recompensas.

  • Tributação: recompensas de staking são consideradas rendimentos e podem ser tributadas como renda ou ganho de capital. Veja detalhes em tributação de cripto no Brasil.

  • Declaração: mesmo pequenas quantias precisam ser declaradas na Receita Federal, conforme Instrução Normativa 1.888/2019.

Conclusão

Os staking pools são uma solução prática para quem deseja participar de blockchains baseadas em Proof of Stake sem precisar de infraestrutura própria. Porém, envolvem riscos que vão desde slashing até a dependência de terceiros.

Referências

  • Ethereum.org – Proof of Stake

  • Lido Finance Docs

  • Rocket Pool Docs

  • Receita Federal – IN 1888/2019

Aviso: Este conteúdo é educacional e não constitui recomendação de investimento, tributária ou jurídica. Criptoativos são voláteis e envolvem riscos de perda total. Sempre faça sua própria análise (DYOR) e considere apoio profissional. Regras fiscais podem mudar; verifique a legislação brasileira vigente.